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| A rotina da pele é o arrepio . . . |
Eles vem sempre ao anoitecer, quando eu menos espero, sinto-os chegar devagar . . . começa como um suspiro sutil, depois arrepios intensos, as vezes transbordam pelos olhos e acabam num sono profundo!
Quando eles estão comigo sinto-me flutuar, atravesso do fogo à água, do céu ao inferno, transito em mares calmos que me levam e me arrastam, me transportam para tão longe do meu ser, e então me permito sonhar, nesses momentos tenho a sensação de encontrar você, e sentir sua mão segurar a minha, você me convida a um passeio, eu aceito então:
- Vamos ver o sol brilhar para gente.
E aí você então me beija. Volto a mim, estou no meu quarto a meia luz, sua imagem está nítida na minha mente, seu sabor nos meus labios, sinto um desejo de compartilhar essas sensações com você mas, onde você está agora? Tão vivo nos meus pensamentos, nas minhas lembraças, se fecho os olhos consigo ouvir sua voz me chamando:
- Meus olhos podem ver o amor acontecer, e não é ilusão. Segure a minha mão. . .
Mas, não é você que está aqui, são só os meus devaneios, nas esperança de que um dia ao se levantar você possa se lembrar das promessas que fizemos e me acorde com o beijo mais suave. . .
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